Por Coletivo Alicerce – Caxias do Sul
No dia 2 de junho de 2021, Manuela D’ávila veio a público denunciar as ameaças de morte que vem sofrendo, e se já não bastece esse absurdo, sua filha de apenas cinco anos teve sua imagem exposta nas redes sociais e sofreu ameaças de estupro.
Essa situação enfrentada por Manu e sua filhinha, infelizmente não é um fato isolado para nós mulheres, principalmente na vida das mulheres da politica. Basta lembrar do que ocorreu com Dilma, o assassinato de Marielle, o exílio da vereadora de Niterói no Rio de Janeiro, a companheira Benny Briolly do PSOL e tantas outras.
Nós nascemos, crescemos e vivemos sendo ameaçadas e diariamente mortas por sermos mulheres. O estupro é uma assombração que nos persegue diariamente. Não é simplesmente um ato sexual, e sim uma forma de humilhação, punição, tortura e principalmente submissão. O estupro resume bem o que é misoginia, da qual eles se utilizam de suas posições para nos calar e nos submeter as suas politicas de exclusão.
Hoje o machismo e o patriarcado ganham força com o governo Bolsonaro que dá voz e incentiva a misoginia, pois ele se refere a filha como “fraquejada”, apoia a bolsa estupro, fala que as mulheres devem receber um salário menor, porque engravidam, além de ter aprovado uma reforma da previdência da qual as mulheres serão as mais prejudicadas.
Nós, mulheres do Coletivo Alicerce-PSOL, através dessa nota, prestamos toda nossa solidariedade a Manuela e a sua filha, e convidamos todas, todos e todes a se somarem na luta contra a violência virtual ou real contra a mulher. E continuaremos na rua por fora Bolsonaro, por vacina no braço e comida no prato!
NÃO NOS CALARÃO!